sábado

Em que acreditamos...

A acção política é nobre e, já que todo o “homem é um animal político”, devemos ter a convicção de que existem capacidades extraordinárias no povo simples. Para tal, há contudo, uma mudança que forçosamente devemos temer e essa é, claramente, aquela que nos impeça de falar. Pensamos ainda que a “política deve ser entendida tal qual a matemática: tudo o que não é totalmente correcto está mal.” Parafraseado ainda Alfred Smit também pensamos que “não é certo que o poder corrompa, mas há políticos que corrompem o poder” como tal, estando a política na opinião de muitos em contacto com a sujidade, é preciso muita higiene para não se cheirar mal. O caminho que apontamos para limpar a política é o da “política deliberativa”, fundada na comunicação, na discussão e na negociação pois. Só assim reencontraremos as práticas fundadoras da lógica democrática fundada no permanente confronto de opiniões. Confronto esse, entendido como um processo complexo de decisões, onde todos os pontos de vista são chamados a pronunciarem-se. Só a democracia participativa e contínua pode reconstruir a vinculação cívica aos políticos, já que, estarão implicados nas escolhas colectivas. A expressão directa da vontade é indispensável para remedira a crise da representatividade pois, só assim, se colmata a distância que se interpôs entre os dirigentes e os dirigidos. Não advogamos que apenas se chame ao debate grupos organizados. Não é nosso interesse que só estes participem na discussão política, antes desejamos que todos, individualmente, se associem ao debate. Esta inovação deve assegurar uma presença mais activa do cidadão nos processos de decisão política. É o que pretendemos.

Que o céu nos proteja destes bárbaros.
Duque de Cabralia

Nenhum comentário: